domingo, 25 de setembro de 2016

Os riscos e(i)minentes dos filhos de Lattes

Os riscos e(i)minentes dos filhos de Lattes
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Criaram castrelos e construíram um fosso em volta. Construíram técnicas e estratégias de defesa, em defesa dos seus produtos, uma produção intelectual, um bem imaterial. Conquistaram um poder, de dizer o que é, e o que não é conhecimento. O poder de dizer o que é científico, e o que é empírico; dizer o que é teoria e o que são achismos. Estabeleceram regras para chegar a um topo sempre inalcançável, criavam sempre novos degraus que pudessem chegar a torre do castelo. E seus castelos correm o risco de serem invadidos e derrubados.

Os deuses da academia correm um risco (e)iminente, os aclamados deuses possuidores de um conhecimento. Conhecimentos produzidos e lapidados por anos a fio em seus currículos, cheios de produção científica. Perderam horas diárias penteando seus currículos, dando uma valorização de marketing e estratégias. Usaram palavras de efeitos em cultos científicos, simpósios e palestras. Criaram critérios para produção de livros e artigos, criaram referenciais qualificados, por eles mesmos, os dominadores dos que possuem um conhecimento. Formataram tudo com ABNT e Vancouver.

Conhecimentos respaldados por seus currículos Lattes, e chancelados pelo CNPQ. A disputa de títulos saiu das congregações universitárias e chegou nas ruas. Poderá não mais haver duelos nos congressos e simpósios, com seus canudos em punho, disputando entre os conferencistas. Suas plataformas e produções bibliográficas correm riscos. Correm os riscos de serem apropriadas pelo povo. podem se tornar vulgares e populares.

Titulados como mestres e doutores, bacharéis e especialistas, correm os riscos de perderem o poder obtido por seus títulos, para aqueles de reconhecida sapiência, possuidores de um saber notório, um saber de quem não frequentou as universidades, e não percorreu uma carreira docente. Fizeram uma faculdade nas ruas. Já dizia Cascudo, conhecer o povo é fazer uma faculdade.

O conhecimento surge do povo, com seus comportamentos e sua cultura. E a academia pesquisa e cataloga. Mapeia e classifica, cria regras cartesianas e diz produzir um conhecimento.

Uma MP circula nas oficinas de ideias em Brasília. O poder da caneta pode derrubar os conhecimentos, e espalhar pelas ruas da cidade.

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Como falar de literatura em um lugar onde já existe uma linguagem inserida ?

Como falar de literatura em um lugar onde já existe uma linguagem inserida ?
Como manter um foco na literatura?
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Como manter um foco para falar de literatura? Como falar de literatura onde símbolos de comportamentos já estão inseridos? Como abrir espaço para a imaginação, onde tudo está engessado? Os corpos, as atitudes e os pensamentos. O espaço com quatro paredes e apenas uma porta para sair ou entrar. Um destino de olhar predeterminado, pela disposição das cadeiras. A sala de aula, a caverna de Platão, onde sombras são projetadas nas paredes. Como incentivar a escrita em local hermético, com sombras nas paredes projetando um imaginário que acontece do lado de fora? Do lado de fora a realidade já é expandida.


Símbolos que determinam uma condição e um comportamento ao adentrar em uma sala. Cadeiras individuais posicionadas em fileira, com espaços entre elas, para o movimento de apenas uma pessoa. As posições e os caminhos já estão determinados para o público que ali naquele espaço entre. O posicionamento de todas as pessoas, determinando uma posição e um olhar, em uma única direção. Olhar para quem pode olhar todos ao mesmo tempo, e circular entre as cadeiras Os controle remotos estão como posse de apenas uma pessoa, com comando e controles das imagens e dos sons que possam ecoar na sala. Temperatura e iluminação nas mãos de apenas um. Os sentidos que trazem informações e provocam imaginações, que proporcionam uma organoléptica, estão sob o comando e controle de outros.


E quando o público é maior que a capacidade da sala? A temperatura se altera, enquanto odores diversos exalam, quem detém o controle remoto, perde o controle da situação. A temperatura se eleva, e a formação inicial das cadeiras se desfaz, à medida que outras cadeiras são necessárias. Os espaços destinados a circulação vão se estagnado criando uma estatização, dos que já estavam sentados.Todos se encontram presos e engessados. Apenas aqueles que todos olham, possuem algum movimento. Um movimento que pode ser usado como disfarce para sair da sala e respirar um ar não viciado, com a desculpa de atender um telefonema ou fazer necessidades fisiológicas. E uma necessidade fisiológica é básica, controlar a temperatura e a respiração corporal, que influenciam nos batimentos cardíacos. E por um pequeno vidro na porta pode ver quem se aproxima, ou controlar os que estão do lado de dentro, enquanto está lá fora.


A água, símbolo da vida, é oferecida aos participantes da mesa, aos que tem um poder: da fala, do argumento e da água cristalina, a ser servida em taças, taças que lembram um reinado. A presença da água com argumento da ciência, de umidificar e lubrificar a cordas vocais; controlar a temperatura e a respiração daqueles que falam. E é comum um cartaz na porta dirigido a plateia, aos que vieram para assistir as falas “Proibida a entradas de lanches e líquidos.”

Roberto Cardoso (Maracajá)#BLOGdoMaracajá.jpg


Em 25/09/2016
Nas terras do Paquiderme Norte-rio-grandense



Texto em:

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Dilma está presa


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FOTO: http://www.blogdomagno.com.br/ver_post.php?id=152029

Dilma está presa
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Dilma Vana Rousseff Linhares, está presa. A ex presidente Dilma, primeiro foi afastada do cargo de presidente. Esperou por longos nove meses, o tempo de uma gestação. E foi definitivamente afastada do cargo que ocupava. Está presa, continua presa as suas ideias antigas, do seculo passado, no tempo da ditadura militar. Até o ultimo momento, em qualquer oportunidade, afirma ser vitima de um golpe. Busca todas as instancias, superiores ou inferiores; nacionais e internacionais, para a sensibilização de um publico que a apoie, na retomada de uma condição que já não tem mais clima para exercer. Os meses que se passaram foram suficientes para deteriorar a sua imagem.  A imagem de chefe de governo de um imenso pais.

Com focos em pontos diversos, procura conseguir adeptos a sua causa, que tornou-se pessoal. Espalha comentários que possam influenciar outros, políticos e pensadores de outros países. Cria interesses internacionais, para o que ainda existe de valioso no Brasil, no solo ou no subsolo; como água potável e reservas minerais subterrâneas. Petróleo em camadas mais profundas da geologia. Mercadologicamente cria olhares para o Brasil. Incita que outros países venham buscar riquezas ainda escondidas. Reformou e ampliou portos e aeroportos com eventos internacionais. Um PAC, que ainda não mostrou claramente a origem dos recursos.Talvez um pacto, que um dia surgirá a cobrança do dinheiro aplicado.

O eterno ponto estratégico. Existem bases de lançamento de foguetes, próximas a linha do Equador. Dilma tinha os mapas e as informações nas mãos, e a representatividade do povo. De longe somos observados por satélites. Ponto estratégico de outros momentos na história, continuam sendo estratégicos e de interesses.

Fez desvios e remessas de grandes somas de valores, para implantar e construir aeroportos e portos em outros países. Ofereceu empréstimos e ajudas a fundos perdidos; comprou sucatas e equipamentos desativados gerando dividas. E nada foi declarado como troca, de bens ou mercadorias. Fez caridade no sistema capitalista, com ares de socialista. Um golpe terrorista atualizado, tentando fazer tudo dentro de regras, com decretos presidenciais. De assaltos a bancos, fez pedaladas fiscais, atualizando seus golpes econômicos. Desviou valores e divisas.

Dilma está presa a seus antigos discursos, do tempo antigo, em que fazia parte de grupos denominados como terroristas. Um dia ela lutou contra uma ditadura, e diz ter sido torturada. Praticou estratégias e técnicas de guerrilhas, para combater aqueles que impunham um ditadura com fuzis e metralhadoras. Com armas em punho e participante de camarilhas, respondeu com armas de fogo, aos que possuíam o direito de porte e uso de armas diversas, do combate corpo a corpo, aos combates em campos de guerras. Armas de uso individual e de uso coletivo. Lutou com armas de fogo, contra os que tinham o poder do governo e um poder de fogo. Tinham o poder de prender e interrogar. Muitos ficaram ou foram declarados como desaparecidos. Mas suas armas e artefatos bélicos, fizeram vitimas e deixaram rastros de sangue, com capsulas deflagradas pelo caminho. Não combateu a ditadura com inteligencia, assim como fizeram os serviços de inteligencia, por parte do governo. E o castigo pode chegar a cavalo.

Sua coragem e suas teorias podem ate ter proporcionado uma restabelecimento da democracia, como direito do povo, A verdade não se sabe, nem a história confirmou a legitimidade de seus atos. Os militares abandonaram o poder por conta própria. Entenderam que a presidência não era o seu espaço, nem seu dever e a nem sua missão. Um dia chegou o momento de abertura, o poder na vontade e no desejo do povo, com os votos nas urnas.

Mas a palavra democracia também tem parte ou origem com o demo, o demo prefixado na palavra, de ideias demoníacas. Manter uma democracia, pode ser com o uso de armas e oferta da vida, Com permanente vigilância. O países mais ricos, mais civilizados e mais democráticos, são as primeiras vitimas do terrorismo, um terrorismo procurado e apontado por eles. A democracia tem um preço alto, assim como o conhecimento. E parece que não estava em seus planos, o entendimento e a interpretação da palavra democracia, o governo surgido do povo. O mesmo povo sempre escorraçado e jogado na miséria. A miséria da fome, e da falta de conhecimento, que sustenta as condições das elites. O mundo tem dia e tem noite, tem ida e tem volta, tem luzes e trevas. A roda gigante da politica, um dia em baixo e outro dia em cima.

O passado bateu na porta de Dilma. O destino lhe deu a oportunidade de chegar ao cargo máximo administrativo e político de um pais. O destino lhe deu a oportunidade de ser reeleita para uma nova ocupação do cargo máximo de uma nação. O destino lhe ofereceu todas oportunidades para chegar no topo, o lugar onde chegou, para depois ser destituída, pelos seus novos algozes, detentores de novas armas, que podem não deixar marcas na pele, ou na carne. Mas deixar marcas em sua alma. Marcas em sua carreira politica.

Sua chegada ao cargo de presidenta, não passou de um golpe, um ato de orgulho próprio, uma revanche aos que estavam no poder antigo. Um golpe para destituir seu estigma pessoal de uma imagem construída, com atividades e ocupações fora da lei, atos de terrorismo e guerrilha. O temível ato que ataca o primeiro mundo, composto por países desenvolvidos. Um estereotipo de terrorista, usou do partido dos trabalhadores, um partido que simboliza o trabalho do cidadão brasileiro.

A morte chega para todos, mas chega diferente para cada ser vivente. Lula e Dilma já foram acometidos por um câncer. O câncer da má formação de células. E graças as suas condições políticas e financeiras puderam controlar a doença, O câncer que ataca células do corpo, da guerrilha e da política, pode estar adormecido e surgir novamente. Apenas um local no corpo não abriga o câncer, Comprovado pela citologia e histologia, este lugar é o coração, símbolo do órgão que abriga as emoções. Quando em situação extrema, infarta suas coronarianas.


2 de setembro de 2016
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN
Roberto Cardoso (Maracajá)
Escritor
#BLOGdoMaracajá


Texto publicado em:


Texto anterior: Golpe? Mas que Golpe?


Outros textos:
Lula a caminho da produção cientifica:
O TCC; A Monografia; A Dissertação; A Tese;
O pós doc 1; O pós doc 2; O pós doc 3; O pós doc 4 ….







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Roberto Cardoso (Maracajá)
Escritor
#BLOGdoMaracajá
em 2/09/2016

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