domingo, 1 de janeiro de 2017

001/17 - O primeiro decreto do prefeito


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Imagem: https://www.google.com.br/search?q=vaso+de+plantas&biw=1093&bih=534&site=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjtvfm8jJ7RAhWJHJAKHdRLA_EQ_AUIBygC#tbs=ic:specific%2Cisc:yellow&tbm=isch&q=jardineiras+de+plantas+cal%C3%A7adas&imgrc=pbo7mSQv6NBT3M%3A

001/17 - O primeiro decreto do prefeito
PDF 800

001/2017

No uso dos meus poderes e atribuições, que a mim foram conferidos, no último sufrágio público, para o cargo de prefeito na tal cidade. Evitando a continuidade de sorrisos amarelos e desculpas desmilinguidas, do mandato anterior. Torno público o texto a seguir.

Considerando que

  • os conhecidos como amarelinhos, ficam em duplas parados nas ruas, com riscos de serem atropelados, por motoristas daltônicos.
  • os citados amarelinhos ficam parados nas vias conversando fuleragens, ignorando o que acontece à sua volta.
  • os amarelinhos ficam alugados com seus ouvidos em aparelhos celulares, ou fingindo estarem em comunicação via rádio.
  • a crise que afeta o país, aos estados e os municípios, requerem tomadas de providências para contornar a crise.
  • a baixa arrecadação da prefeitura e a necessidade de cortar gastos.
  • os amarelinhos não atendem a solicitação de pedestres, dando preferência aos que estão motorizados.
  • nos cruzamentos, inclusive os semaforizados, os amarelinhos não enxergam pedestres que desejam atravessar a rua, ainda que seja um idoso ou um cidadão com dificuldades de movimento. Oferecendo prioridade no uso da faixa de segurança, que são raras e escassas.
  • por fim, que a administração requer novas ferramentas administrativas


Decreto:

A partir desta data, os amarelinhos devem ser substituídos inicialmente, por vasos de plantas, preferencialmente as amarelas, com objetivo de evitar carros nas calçadas.
Em casos de fechamento de ruas poderão ser utilizados cones de sinalização, com faixas amarelas e correntes com elos amarelos.
Em casos de interdição de aparelhos públicos: pinos, cones e correntes, sempre obedecendo o critério de conter itens amarelos. E outros equipamentos de segurança e proteção com detalhes amarelos, de acordo com as necessidades e funcionalidades
Os casos omissos deverão ser analisados, sempre a partir do uso de cores amarelas, como uma lembrança dos amarelinhos. Até que estejam capacitados a substituir os vasos de plantas implantados por este decreto.

Este decreto entra em vigor a partir da data de sua publicação.

01/01/2017

sábado, 5 de novembro de 2016

kommunikologie: Dia do escritor

kommunikologie: Dia do escritor: Dia do escritor 25/07/16 PDF 689 Parabéns aos que escrevem textos e cartas Parabéns aos que  transcrevem cenas e fatos Parabéns ...

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

domingo, 25 de setembro de 2016

Os riscos e(i)minentes dos filhos de Lattes

Os riscos e(i)minentes dos filhos de Lattes
PDF 747
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Criaram castrelos e construíram um fosso em volta. Construíram técnicas e estratégias de defesa, em defesa dos seus produtos, uma produção intelectual, um bem imaterial. Conquistaram um poder, de dizer o que é, e o que não é conhecimento. O poder de dizer o que é científico, e o que é empírico; dizer o que é teoria e o que são achismos. Estabeleceram regras para chegar a um topo sempre inalcançável, criavam sempre novos degraus que pudessem chegar a torre do castelo. E seus castelos correm o risco de serem invadidos e derrubados.

Os deuses da academia correm um risco (e)iminente, os aclamados deuses possuidores de um conhecimento. Conhecimentos produzidos e lapidados por anos a fio em seus currículos, cheios de produção científica. Perderam horas diárias penteando seus currículos, dando uma valorização de marketing e estratégias. Usaram palavras de efeitos em cultos científicos, simpósios e palestras. Criaram critérios para produção de livros e artigos, criaram referenciais qualificados, por eles mesmos, os dominadores dos que possuem um conhecimento. Formataram tudo com ABNT e Vancouver.

Conhecimentos respaldados por seus currículos Lattes, e chancelados pelo CNPQ. A disputa de títulos saiu das congregações universitárias e chegou nas ruas. Poderá não mais haver duelos nos congressos e simpósios, com seus canudos em punho, disputando entre os conferencistas. Suas plataformas e produções bibliográficas correm riscos. Correm os riscos de serem apropriadas pelo povo. podem se tornar vulgares e populares.

Titulados como mestres e doutores, bacharéis e especialistas, correm os riscos de perderem o poder obtido por seus títulos, para aqueles de reconhecida sapiência, possuidores de um saber notório, um saber de quem não frequentou as universidades, e não percorreu uma carreira docente. Fizeram uma faculdade nas ruas. Já dizia Cascudo, conhecer o povo é fazer uma faculdade.

O conhecimento surge do povo, com seus comportamentos e sua cultura. E a academia pesquisa e cataloga. Mapeia e classifica, cria regras cartesianas e diz produzir um conhecimento.

Uma MP circula nas oficinas de ideias em Brasília. O poder da caneta pode derrubar os conhecimentos, e espalhar pelas ruas da cidade.

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